terça-feira, 16 de dezembro de 2014

A relevância do estudo de Vedanta



Muitas coisas tornam-se obsoletas, ultrapassadas e passam a ter valor para nós somente em museus ou na memória das pessoas.  Uma vitrola, por exemplo, e seus discos de vinil. Mas outras são eternamente atuais como o conflito humano. Desde sempre nos deparamos com uma pessoa ou um grupo arrogante, dominador, egoísta e, em oposição a este, outros que não o aceitam e se opõem. Existem também conflitos internos. Um desejo forte que impulsiona à ação em oposição à certeza de que esta não é a ação certa a ser tomada. O estado mental traduzido por: ”Eu gostaria mas não devo!”   A mente humana é muitas vezes palco de conflitos, oposições, dúvidas e frustrações.

Vedanta nos fala sobre a natureza essencial do indivíduo que é eterna e plena, fonte de toda felicidade.  E para que possamos apreciar esta verdade apontada com clareza por textos antigos como a Bhagavadgita e as Upanishads, faz-se necessária uma mente relativamente calma, livre de reações, que usufrui de uma certa satisfação e capacidade de viver no mundo exatamente como ele é.  Para isso, para nos ajudar a conquistar esta mente preparada para o autoconhecimento, o mestre Krishna nos fala sobre Karma Yoga. Yoga é um estilo de vida apresentado na Gita que abrange o autoconhecimento, no contato direto com o seu (ou sua) mestre, e uma vida, mesmo que seja inserida no movimento de uma grande cidade, consciente de suas ações e reações, objetivando uma mente objetiva e clara.

Vedanta e Yoga existem sempre juntos na tradição dos Vedas, e isso fica muito evidente no estudo profundo da Bhagavadgita.

Vedanta e a vida de Yoga acabam com o conflito relativo da mente e o conflito fundamental criado pela ignorância relativa a nós mesmos.


Gloria Arieira

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