Muitas coisas tornam-se obsoletas,
ultrapassadas e passam a ter valor para nós somente em museus ou na memória das
pessoas. Uma vitrola, por exemplo, e
seus discos de vinil. Mas outras são eternamente atuais como o conflito humano.
Desde sempre nos deparamos com uma pessoa ou um grupo arrogante, dominador,
egoísta e, em oposição a este, outros que não o aceitam e se opõem. Existem
também conflitos internos. Um desejo forte que impulsiona à ação em oposição à
certeza de que esta não é a ação certa a ser tomada. O estado mental traduzido
por: ”Eu gostaria mas não devo!” A
mente humana é muitas vezes palco de conflitos, oposições, dúvidas e
frustrações.
Vedanta nos fala sobre a natureza essencial
do indivíduo que é eterna e plena, fonte de toda felicidade. E para que possamos apreciar esta verdade
apontada com clareza por textos antigos como a Bhagavadgita e as Upanishads,
faz-se necessária uma mente relativamente calma, livre de reações, que usufrui
de uma certa satisfação e capacidade de viver no mundo exatamente como ele
é. Para isso, para nos ajudar a
conquistar esta mente preparada para o autoconhecimento, o mestre Krishna nos
fala sobre Karma Yoga. Yoga é um estilo de vida apresentado na Gita que abrange
o autoconhecimento, no contato direto com o seu (ou sua) mestre, e uma vida,
mesmo que seja inserida no movimento de uma grande cidade, consciente de suas
ações e reações, objetivando uma mente objetiva e clara.
Vedanta e Yoga existem sempre juntos na
tradição dos Vedas, e isso fica muito evidente no estudo profundo da
Bhagavadgita.
Vedanta e a vida de Yoga acabam com o
conflito relativo da mente e o conflito fundamental criado pela ignorância
relativa a nós mesmos.
Gloria Arieira
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